Definem-se como pragas urbanas as que afetam os núcleos urbanos, perturbando as atividades que ali se desenvolvem, o meio envolvente, podendo contribuir para a transmissão de doenças infecto-contagiosas, danificando ou perturbando o habitat e o bem-estar humano.
O controle das pragas urbanas tem como finalidade a proteção da saúde, do bem-estar das populações e do patrimônio.
Este controle implica o envolvimento de todos, por forma a manter o ambiente livre de pragas e a permitir menores riscos face à saúde pública, consistindo em:
· Controlar as populações de pragas que infestam as áreas abrangidas pelo sistema;
· Prevenir a presença de pragas ocasionais;
· Minimizar os riscos para a saúde humana e para o ambiente;
· Minimizar a formação de populações de pragas resistentes;
. Reduzir a necessidade de biocidas (químicos);
· Minimizar a formação de resíduos químicos;
· Abordar preventivamente a questão de pragas;
· Envolver toda a população na prevenção das pragas.
Os desenvolvimentos recentes em doenças transmissíveis por pragas, tais como casos de febre do Nilo Ocidental, a propagação da doença de Lyme e Dengue, incutiram a necessidade crucial de avaliar cuidadosamente a ameaça potencial das pragas face à saúde pública e ambiental. Além disso, as condições da vida cosmopolita, a expansão urbana, alterações climáticas, fazem com que a propagação de pragas e doenças por estas transmitidas sejam um acontecimento frequente. Cumulativamente, o fenômeno da globalização, através das formas de transporte de bens e pessoas, permite que as pragas possam movimentar-se rapidamente de um local para outro, com a capacidade de chegar ao seu destino antes que apareçam quaisquer sintomas, como é definitivamente o caso com os Percevejos da Cama.
A monitorização das pragas permitirá determinar se os biocidas são necessários, bem como, caso sejam utilizados, qual será o melhor momento de aplicação (quando as pragas são mais susceptíveis), auxiliando, assim, a reduzir o número de aplicações e consequentemente os fenômenos de resistência.
Aplicação de biocidas
Os biocidas de uso profissional não devem ser disponibilizados aos particulares, pois muitas vezes são mal utilizados por estes, devido à falta de conhecimento ou experiência. Neste caso, os biocidas podem ser aplicados quando não é necessário, em formulações incorretas, em concentrações e quantidades inadequadas, logo convém salientar que, mesmo se usados corretamente, os biocidas apresentam riscos para saúde pública e saúde ambiental, exigindo manuseamento profissional e especializado.
Embora os regulamentos que regulam a venda e o uso de biocidas existam uma diferenciação mais rigorosa entre produtos profissionais e amadores deveria ser estabelecida e aplicada rigorosamente, com a finalidade de evitar que o público em geral tenha acesso a produtos que apenas podem ser manuseados por profissionais formados e especializados. Os processos de licenciamento de biocidas em Portugal compreendem avaliações cientificamente fundamentadas, processos de aprovação adequados, os quais asseguram que as aplicações de biocidas não devem representar um risco inaceitável para os utilizadores profissionais, saúde pública ou o meio ambiente.
Conhecimento e consciência pública
A informação e a sensibilização da população é fundamental para uma gestão de pragas urbanas eficiente e bem-sucedida, tanto no que diz respeito a medidas preventivas quanto as de controlo. A maioria das pessoas não sabe como os hábitos, comportamentos e mudanças nos seus lares podem atrair pragas urbanas e proporcionar condições de vida ideais para o desenvolvimento das mesmas.
Importa referir que as pragas podem conter agentes patogênicos, pelo que medidas básicas podem ser tidas em conta para evitar o contacto com pragas, facto que deveria ser compreendido pelas entidades legalmente responsáveis, uma vez que a formação da generalidade da população não a habilita a lidar com pesticidas!
Assim, a oferta de informação ao público em geral não é apenas uma necessidade básica, mas será economicamente vantajoso, uma vez que contribui consideravelmente para actuar na redução dos factores de proliferação das pragas e consequentemente diminuição do uso abusivo de biocidas.
A informação deve ser desenvolvida para o público, para aumentar a sua consciência de como se proteger através de medidas comportamentais básicas e não apenas pela distribuição generalizada de biocidas à população.
A sociedade civil deverá reconhecer que a utilização de grandes quantidades de produtos químicos implica um risco potencial para os utilizadores, saúde pública em geral e aumenta o risco de contaminação ambiental.
Resistência aos pesticidas
A resistência aos pesticidas é um problema grave, existindo em todo o mundo mais de 600 espécies de pragas que desenvolveram algum nível de resistência a pesticidas, resultando na falha de uma aplicação correta do pesticida para controlar a praga. Se a resistência a um determinado pesticida ou “família” de pesticidas evoluir, esses produtos não poderão mais ser utilizados efetivamente, reduzindo assim as opções disponíveis para o controlo de pragas, o que induz o surgimento de novas práticas de controlo que não tenham a componente dos pesticidas presentes, nomeadamente métodos de controlo físico e biológico.
A resistência pode desenvolver-se quando o mesmo pesticida ou similares, com o mesmo modo de ação, são usados diversas vezes, o que frequentemente ocorre nos processos de desratização estatais e no controle amador.
Site referência.
https://www.dnoticias.pt/madeira/controlo-de-pragas-uma-questao-de-saude-publica-YY4357054
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